Hoje vou contar uma história. A história de como se criam histórias memoráveis. Pode ser uma comédia, um drama ou um romance, o género não importa, o que importa é o conteúdo. Importa que seja interessante, cativante e envolvente, que emocione o espetador e seja realmente diferente e relevante para quem assiste. Interessa que tenha vida dentro dela, e que essa vida seja capaz de gerar mais vida.
Todos queremos ouvir uma boa história e sentirmo-nos identificados com ela, e queremos depois contá-la a toda a gente que nos queira ouvir. Essa sempre foi uma caraterística inata do ser humano. Quem não se lembra dos seus avós a contarem com orgulho e empenho as histórias dos seus tempos e de outros tempos mais antigos? Histórias que foram sendo partilhadas, passando de geração em geração, porque mereciam viver para sempre no imaginário popular de tão boas que eram.
Uma marca é uma contadora de histórias
Ora, se são as histórias aquilo que nos envolve, impele e emociona então é isso que uma marca tem que ser – uma contadora de histórias. Mas da mesma forma que duas pessoas não têm histórias iguais, uma marca tem que ser capaz de contar a sua história de forma única, pois ela própria é única. As histórias têm cenários, mundos e capítulos tendencialmente mais envolventes onde uma marca pode representar os seus valores, atributos e criar a sua personalidade. A construção de uma narrativa original, inspiradora e identificadora pode acontecer em diversos ambientes e com mais ou menos capítulos. Por isso, à que saber utilizar de forma integrada e criativa todos os meios e técnicas que temos à nossa disposição.
Somos todos espetadores e contadores de histórias
Atualmente a inovação e tecnologia criaram um conjunto alargado de mecanismos de comunicação que não existiam anteriormente. Agora uma história não precisa de anos e anos para ser ouvida por um número significativo de pessoas, um simples movimento do rato coloca-a nas bocas do mundo inteiro em apenas alguns segundos. Contudo, é importante que ao criar a sua história uma marca seja capaz de a contar onde e quando o seu “espetador” quiser, não sendo de descurar a possibilidade de o envolver no próprio processo e assim construir histórias interativas e pessoais, facilitando a identificação.
Com a democratização do conhecimento e a proliferação das redes sociais, blogs, wikis e afins todos somos espetadores e contadores de histórias, cada uma tem o(s) seu(s) meio(s) de propagação, e por isso é fundamental uma articulação eficiente e certeira entre os diferentes meios disponíveis. A mistura perfeita de plataformas e ferramentas de comunicação cria o cenário ideal para a sua partilha e consequente construção de marcas vencedoras, capazes de criar laços emocionais fortes com os seus clientes. Mas isso de nada vale se a história contada não for memorável.